O Música e Cinema orgulhosamente apresenta uma entrevista exclusiva feita com a banda Biquíni Cavadão, uma das maiores do rock nacional até hoje na estrada apresentando seus antigos e novos sucessos, contando com um álbum recente, chamado Roda Gigante.
Iniciada nos anos 80, a Biquíni Cavadão começou com os amigos de escola, Bruno Gouveia (vocal), Miguel Flores (teclado) e Álvaro Birita (bateria) e depois ingressando na banda Carlos Coelho.
Logo o Biquíni Cavadão foi ganhando destaque nacional, com álbuns de sucesso como “Cidades em Torrente” e “A Era da Incerteza”, assim construindo um público e chegando ao topo das paradas musicais.
Entrevista com Biquíni Cavadão
Leonardo Caprara: Bem, primeiramente é um orgulho imenso ter a oportunidade de entrevista-los, para começar, quais são os planos da banda para o restante do ano?
Bruno Gouveia: Estamos só começando nossa divulgação com o CD Roda-Gigante. Já lançamos o disco em várias cidades mas isso não é nem o começo. Nossas tournées costumam ser longas 😉
Leonardo Caprara: Sobre o novo álbum, Roda Gigante, o resultado foi o esperado?
Bruno Gouveia: Do ponto de vista de gravação e do que planejamos fazer com as músicas, foi exatamente o que queríamos. Quanto a resposta de crítica e público, superou nossas expectativas. Estamos felizes em ver os fãs empolgados com o novo trabalho.
Leonardo Caprara: Depois de tantos anos de carreira e tantos sucessos, o quão gratificante e empolgante é continuar na estrada e lançando novo material?
Bruno Gouveia: Se não houver esta faísca dentro de nós, tudo vira mesmice. E a gente sempre compõe transformando cada novo disco em um recomeço. São novas músicas para novos ouvintes, sem contar com aqueles que já nos conhecem.
Leonardo Caprara: Fazendo parte do rock nacional, o que vocês acham do mercado sonográfico atual (principalmente do rock)?
Bruno Gouveia: O rock tem hoje uma fatia menor do bolo ;-), quase o comeu inteiro em outras épocas. Temos ótimas bandas novas, mas o sertanejo impera. É normal. O Brasil sempre foi adepto da monocultura: ou era só cana de açúcar, ou só pau-brasil, ou só café…Hoje é só sertanejo, ou só axé, ou só rock…. Tenho certeza que teremos o futuro uma ótima safra de grupos de rock, sobreviventes deste momento, assim como bandas do final da década de 70 e começo dos 80 é que lançaram as bases do Rock Nacional, como Lulu, Lobão, Legião etc..
Leonardo Caprara: Quais foram suas principais influências do Biquíni Cavadão no começo da carreira?
Bruno Gouveia: Queen, Beatles, algumas bandas inglesas que estavam nascendo como Depeche Mode, U2, Echo & The Bunnymen…
No lado nacional, Rita, Raul, Roberto e Erasmo e muito Chico Buarque e Caetano
Leonardo Caprara: Muitas bandas tem idas e vindas de membros, qual o segredo para vocês que manterão praticamente a mesma formação durante toda a carreira?
Bruno Gouveia: Respeito. Éramos um grupo de amigos que acabou virando uma banda e não o contrário.
Leonardo Caprara: Qual o principal conselho que deixam para quem está começando no mundo da música?
Bruno Gouveia: Paciência na baixa e muita humildade na alta
Leonardo Caprara: Como é feita a seleção de músicas para cada show?
Bruno Gouveia: É um quebra-cabeça enorme! Os fãs sempre nos cobram alguma que ficou de fora e a gente tenta sempre atender, mas podem fazer a escalação que quiserem: no fim, o Felipão somos nós 😉
Leonardo Caprara: Tem alguma música que é especial de se tocar e é indispensável no set-lis ou todas são especiais?
Bruno Gouveia: Pois é, todas são todas muito especiais.Nosso prazer maior hoje é tocar as novas e perceber a galera tentando canta-las ou até nos surpreendendo já conhecendo 😉
Leonardo Caprara: Nesses anos de carreira do Biquíni Cavadão, em que estados vocês puderam encontrar os públicos mais empolgantes?
Bruno Gouveia: Sempre naqueles quem em que a galera gritava: Biquini! Biquini!
Leonardo Caprara: Para finalizar, deixe um recado para os leitores do Música e Cinema:”
Bruno Gouveia: Obrigado por tornarem nossa música parte da trilha sonora da vida de vocês 😉
O site por meio de sua equipe agradece a assessoria de imprensa da banda e Tânia Barbato (quem nos proporcionou tudo isso) e é claro ao grande Bruno Gouveia, que atenciosamente nos respondeu.