Em 1995, o ator Val Kilmer realizou um sonho: dar vida ao maior herói do cinema, o Batman. Porém, sua participação no longa esteve longe de ser uma boa experiência. A frustração foi tanta que o ator chegou a brigar com Joel Schumacher no set de Batman: Eternamente.
Os dois nunca se deram muito bem, mas, segundo o diretor, a relação chegou ao ponto de uma “briga física com empurrões”. “Ele foi rude e inadequado. Fui forçado a dizer-lhe como isso não seria tolerado nem por mais um segundo. Então, tivemos duas semanas nas quais ele não falou comigo, mas foi uma felicidade”, confessou Schumacher para a revista Rolling Stone.
O ator não retornou para a sequência, Batman e Robin, de 1997, sendo substituído George Clooney. De acordo com Schumacher, a saída aconteceu pelas duas partes. “Ele meio que se demitiu, nós meio que o demitimos. Provavelmente depende de quem está contando a história.”
Frustração no set
Val Kilmer não gostou muito de sua participação no filme. O ator foi contratado enquanto explorava uma caverna de morcegos na África, então achava que havia um certo alinhamento cósmico para o papel. Porém, a esperança virou frustração rapidamente.
“Toda a empolgação infantil que eu tinha foi esmagada pela realidade do figurino. Dentro dele, mal dá para se mover, você precisa de ajuda para se levantar e sentar. Não dá para ouvir, as pessoas acabam parando de falar com você. Você fica isolado”, disse o ator. “Foi difícil, para mim, conseguir atuar com aquela roupa. E foi frustrante, até que eu percebi que o meu papel era só aparecer e ficar onde mandavam.”
Para completar o filme, sua abordagem foi simples: adotar a postura de um ator de novela. “Basta ver quantas vezes coloco as mãos no quadril”, disse ele, rindo.
