A Netflix lança nesta sexta-feira (3) A Nova Força (The New Force), drama sueco que acompanha a trajetória das primeiras mulheres a concluir o curso da academia de polícia da Suécia em 1958. A produção mistura elementos de ficção com acontecimentos históricos, mostrando os desafios enfrentados por essas pioneiras em uma corporação predominantemente masculina.
Então sim, pode-se dizer que A Nova Força é inspirado em fatos reais, refletindo em forma de ficção a realidade das primeiras policiais suecas nos anos 50/60.
Enredo de A Nova Força
O enredo se concentra em jovens policiais alocadas no distrito de Klara, em Estocolmo, área considerada de alto risco. Mais do que lidar com criminosos, elas enfrentam resistência interna e preconceito da sociedade, que subestima suas capacidades. O uniforme, que incluía saias obrigatórias, simboliza tanto a autoridade quanto as limitações impostas a essas mulheres.
Embora mulheres já atuassem na polícia sueca desde 1908, suas funções eram restritas a cuidados sociais, principalmente com mulheres e crianças, sem a autonomia e o reconhecimento conferidos aos colegas homens. A mudança de 1958 marcou a entrada visível e formal das oficiais em funções operacionais, provocando debates públicos sobre gênero e autoridade.
Documentos históricos indicam que Monika Kvarngard, uma das primeiras diplomadas, foi destacada para a área mais perigosa da capital, cenário que a série reproduz. Ao longo dos episódios, A Nova Força evidencia como cada turno de trabalho representa adaptação, resistência e a lenta transformação cultural dentro da polícia.
O título original em sueco, Skiftet, traduzido como “a mudança” ou “a transição”, reforça o tema central: a série aborda não apenas a presença das mulheres na força policial, mas também os obstáculos simbólicos e práticos de se afirmar em uma profissão historicamente masculina.