Quando se fala em filmes de Adam Sandler, a expectativa costuma girar em torno de boas risadas e orçamentos modestos. Mas o retorno do icônico personagem Happy Gilmore, quase três décadas após o lançamento do primeiro filme, quebrou essa lógica.
O longa Um Maluco no Golfe 2, lançado pela Netflix em julho de 2025, surpreendeu não apenas os fãs, mas também a indústria cinematográfica: seu orçamento chegou a inacreditáveis US$ 152 milhões de dólares, o que hoje equivale a cerca de R$ 824 milhões.
Custos por dia de gravação passavam dos US$ 2 milhões
A cifra choca ainda mais quando se considera o gênero. Comédias, em especial suas continuações, geralmente recebem investimentos muito mais contidos.
A título de comparação, o primeiro Um Maluco no Golfe, de 1996, custou apenas uma fração desse valor e arrecadou cerca de US$ 41 milhões nas bilheteiras. Já a sequência, bancada pela Netflix, ostenta números que rivalizam com grandes produções de ação, como Red Notice e The Gray Man, também da plataforma.
Segundo comunicado da New Jersey Motion Picture Commission, onde o filme foi rodado, o orçamento oficial foi muito superior aos rumores iniciais de US$ 30 milhões.
Só em custos diários de produção, a média ficou em US$ 2,3 milhões. Foram gastos ainda US$ 1,2 milhão em hospedagem e US$ 6,4 milhões na contratação de figurantes. Ao todo, as gravações aconteceram em 31 municípios e nove condados de Nova Jersey, ao longo de 64 dias.
Além do peso do cachê de Adam Sandler — que pode variar entre US$ 20 milhões e US$ 40 milhões por filme —, o projeto se beneficiou de incentivos fiscais do estado. Ainda assim, o valor assusta e levanta questões sobre a estratégia da Netflix em apostar cifras tão altas em um gênero que raramente demanda tamanha grandiosidade.