O estúdio de efeitos visuais DNEG, responsável pelos efeitos de filmes como Inception, Blade Runner 2049 e Duna, quando trabalhou em Interestelar, conseguiu criar uma obra ainda mais marcante do que o filme em si: o buraco negro Gargantua.
Gargantua foi criado apenas para o filme de Christopher Nolan, mas sua representação é quase correta. A informação foi confirmada por Kazunori Akiyama, pesquisador pós-doutorando do Observatório Haystack, do MIT, que liderou a equipe responsável pelo Event Horizon Telescope.
Após a divulgação de imagens do buraco negro Messier 87 feita pela equipe, algumas comparações puderam ser feitas.
Vale lembrar que, ao produzir o filme, Nolan solicitou cientistas para integrar a equipe. Entre eles, o cosmólogo Kip Thorne, que por sua vez foi convocado pelo chefe do estúdio DNEG, Oliver James, graduado em física na Universidade de Oxford.
Portanto, apesar de não existir, a fidelidade da representação do buraco negro no longa se aproxima dos vistos na realidade, uma vez que especialistas estão envolvidos na produção. Para conseguir tais imagens, eles tiveram que criar um modelo de simulação totalmente novo: o DNGR (Renderizador Gravitacional Duplo Negativo).
Oscar por Efeitos Visuais
O filme recebeu 5 indicações à 87ª edição dos Oscars em 2015, nas categorias de Melhores Efeitos Visuais, Melhor Trilha Sonora, Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som e Melhor Direção de Arte.
O longa chegou a vencer o prêmio na categoria de Melhores Efeitos Visuais na cerimônia de entrega ocorrida no dia 22 de fevereiro. E com os efeitos utilizados, incluindo a criação de Gargantua, o recebimento do prêmio é totalmente justificado.
A obra de Nolan é uma referência para o gênero de ficção científica nos cinemas. Seu irmão, Jonathan Nolan, trabalhou no roteiro de Interestelar durante quatro anos. Ele estudou relatividade no Instituto de Tecnologia da Califórnia enquanto escrevia para aprender ciência.