Por que os coreanos falam “tá bom” em português nos doramas

Estava assistindo a um dorama e ficou com a impressão que tinha ouvido eles falarem “Tá bom”? Provavelmente foi isso mesmo que aconteceu. Curiosamente, a expressão em português é bastante usada na Coreia do Sul há alguns anos, ainda vindo acompanhada de um polegar levantado. Mas como a expressão chegou ao país asiático?

Tudo começou com uma marca de suco de laranja chamada Del Monte, que lançou um comercial com o cantor Lee Su-man lá em 1989. A propaganda mostra o cantor sobrevoando plantações de laranja no Brasil e dizendo que as melhores frutas para o suco são encontradas por aqui. Depois de encontrar o que seria a laranja perfeita, Lee Su-man olha para a câmera e diz Tá bom!”, levantando o polegar, e todo mundo cai no samba.

O comercial foi um sucesso e a expressão acabou se tornando parte do vocabulário popular do país. A marca de suco até mudou de nome, virando o Suco Tabom.

Um exemplo de como a expressão é popular por lá é que o astro do k-pop, Suga, do BTS, falou a expressão durante um programa de TV ao ser questionado sobre o Brasil.

Por que doramas fazem tanto sucesso no Brasil?

As séries coreanas e outras produções asiáticas tem ganhando cada vez mais espaço no mercado ocidental nos últimos anos. Maurício Felício, professor de comunicação e publicidade da ESPM e head de mídia da Energy BBDO, comentou a popularidade do formato em entrevista ao Terra.

“Um dos motivos que faz o dorama ser muito consumido no Brasil é explicado por sua forma: é uma forma mais lenta, em contraste com o que a gente vive no dia a dia da sociedade ocidental. Os filmes e séries produzidos pelo ocidente são muito explosivos, com muita luz, muito corte. Enquanto, no dorama, temos um tempo lento, cenas mais longas e detalhadas, mas que são uma forma complementar”, explicou o professor.

Ele também explicou que os adultos que consomem doramas hoje em dia eram crianças na época do boom dos desenhos japoneses, o que também ajudaria a explicar a sede desses espectadores por mais produções asiáticas.

Fonte: Aventuras na História – UOL, G1 e Terra.

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