Em 2014, Angelina Jolie (“Malévola”) lançou seu terceiro longa-metragem como diretora: “Invencível”, considerado um dos seus melhores filmes na direção. O longa é baseado na inacreditável história real de Louis Zamperini. Saiba mais sobre o longa e sobre a história que o inspirou.
“Invencível”
“A vencedora do Oscar Angelina Jolie dirige e produz este drama épico que segue a incrível vida do atleta olímpico e herói de guerra Louis ‘Louie’ Zamperini (Jack O’Connell) que, junto com outros dois tripulantes, sobreviveu em uma jangada por 47 dias após um acidente de avião quase fatal na Segunda Guerra Mundial – apenas para ser pego pela marinha japonesa e enviado para um campo de prisioneiros de guerra. Adaptado do livro extremamente popular de Laura Hillenbrand, é a história verdadeira inspiradora sobre o poder resiliente do espírito humano” (sinopse da Universal Pictures).
Quem ficou com a missão de interpretar Louis foi o ator britânico Jack O’Connell (“71: Esquecido em Belfast”). Outros nomes do elenco são Domhnall Gleeson (“Questão de Tempo”), Garrett Hedlund (“Tron: O Legado”), Miyavi (“Kong: A Ilha da Caveira”) e Jai Courtney (“Divergente”).
O filme conseguiu emplacar três indicações ao Oscar em categorias técnicas: Melhor Cinematografia, Melhor Mixagem de Som e Melhor Edição de Som.
Você pode assistir “Invencível” na Max, na Globoplay (no plano com o Telecine) e na Netflix.
A história real que inspirou “Invencível”
O atleta estadunidense participou das Olimpíadas de Berlim de 1936, quando ficou em oitavo lugar. Apesar de não ter levado o ouro, ele quebrou o recorde mundial de velocidade na última volta. O feito chamou atenção até mesmo de Adolf Hitler, que o cumprimentou.
Em suas memórias, Zamperini disse que nem pensava muito no momento. “Não significou grande coisa. Bom, ele parecia mesmo um comediante de Hollywood. Na altura não podíamos imaginar que ele ia tentar conquistar toda a Europa e que tinha sonhos de dominar o mundo.”
Zamperini prometia se destacar nas Olimpíadas seguintes, que seriam em Tóquio, em 1940, mas elas nunca aconteceram por causa da Segunda Guerra Mundial. O atleta foi um dos convocados para lutar pelos EUA. Ele se destacou entre os aviadores e se tornou o segundo tenente de um esquadrão aéreo de bombardeiros.
No dia 27 de maio de 1943, durante uma missão de resgate sobre o Pacífico, o avião em que Louis e sua equipe estavam acabou caindo. Louis, o piloto Phil e o artilheiro da cauda, Mac foram os únicos sobreviventes. Em duas balsas salva-vidas, eles esperaram o resgate por semanas, resistindo ao sol, ao mar, bebendo água da chuva, comendo aves e peixes crus e enxotando tubarões famintos. No 33º dia, Mac faleceu.
47 dias depois, Louis e Phil foram finalmente resgatados. Infelizmente, o resgate veio do lado inimigo: os militares japoneses. Eles foram levados para a Ilha da Execução, onde passaram 43 dias sob condições sub-humanas, sendo brutalmente interrogados e sendo cobaias de experiências médicas.
Em setembro de 1944, Louis e Phill foram separados. Louis Zamperini foi para Omori, um campo perto de Tóquio, comandado por Mutsuhiro Watanabe, conhecido como “O Pássaro”, um sádico que torturava seus prisioneiros mental, física e emocionalmente. Ao fim da guerra, em 1945, ele foi libertado e voltou para os Estados Unidos.
Mesmo com a guerra tendo acabado, Louis continuava vivendo os traumas da guerra em sua cabeça. Ele se casou e teve uma filha, mas sua família estava se desintegrando por causa dos problemas dele com bebida – além das suas fantasias de voltar ao Japão para matar O Pássaro.
Em outubro de 1949, a mulher dele levou ele para assistir a um sermão de um pregador evangelista, o que mudou a vida dele. “Dei-me conta de que tinha perdoado a todos os meus antigos guardas, ao Pássaro, toda a gente. Era toda uma nova vida e tenho-a seguido desde então. A guerra quase me destruiu, tinha pesadelos todas as noites… depois de ter chegado a Cristo, nunca mais tive pesadelos”, conta em suas memórias.
Louis Zamperini faleceu em 2014, aos 97 anos de idade, cercado por sua família em sua casa em Los Angeles.
Fonte: Aventuras na História – UOL.
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