O riff inicial de “Smoke On The Water” é um clássico do Deep Purple e um dos maiores hits da história do Século XX. Lançada em 1972, como faixa do álbum Machine Head, “Smoke On The Water” continua sendo reconhecida logo nos primeiros segundos, por conta de sua introdução inesquecível.
Em 2004, Marcelo Soares, do falecido blog Marca Diabo, de Floripa, contou que Ritchie Blackmore “é conhecido por seu faro para riffs, e sempre foi dado a fazer homenagens musicais: em 1974 ele usaria a melodia de ‘Fascinating Rhythm’, de George Gershwin, para a poderosa levada de ‘Burn’.
Nos anos 80 ele colocou eletricidade na Nona Sinfonia de Beethoven, transformando-a na instrumental ‘Difficult to Cure'”. O guitarrista nunca concedeu entrevista para o blog de Floripa para falar disso, mas é perceptível uma influência da Bossa Nova.
A influência para o clássico hit de 1972 venha, talvez de uma música escrita e gravada por um compositor da bossa nova. A canção em questão é “Maria Moita”, escrita pelo cantor, compositor e violonista carioca Carlos Lyra e lançada em 1964.
E possivelmente o elo de ligação entre a música e Ritchie Blackmore tenha sido Claude Nobs, organizador do Festival de Montreux onde aconteceu o famoso incêndio retratado na canção, já que Claude era um notório fã de Bossa Nova, além de amigo pessoal dos membros do Deep Purple, e ele é um dos retratados na canção.
Em uma entrevista com Carlos Lyra, o músico brasileiro contou que não conhecia “Smoke on the Water” e tampouco imaginava que uma canção com uma introdução semelhante à da música que compôs com Vinícius, fosse um sucesso tão grande entre jovens de três décadas.
Black Sabbath e Vanusa: mesma situação, diferentes canções
Em 2016 a página da internet Plus55.Com, atualmente desativada, reascendeu uma grande polêmica envolvendo uma das raízes do heavy metal e Vanusa, grande representante da música popular brasileira falecida em 2020, aos 73 anos.
A nota do site mostrava que o Black Sabbath era acusado de ter plagiado os acordes iniciais da canção “What To Do”, de Vanusa, no clássico “Sabbath Bloody Sabbath”. A polêmica apareceu pela primeira vez em 2013, quando blogueiros americanos e britânicos colocaram as duas músicas juntas para mostrar a semelhança.
Como “What To Do” foi gravada no início de 1973 e “Sabbath Bloody Sabbath” no final daquele ano, o grupo comandado por Ozzy Osbourne passou a ser acusado de copiar a música da brasileira.
No entanto, em entrevista ao Plus55.Com, Vanusa disse naquela ocasião que não acreditava em plágio e considerou o ocorrido como uma coincidência musical. A cantora também afirmou que, desde que a polêmica surgiu, rolaram inúmeros pedidos para que ela apresente “What To Do” em seus shows, mas essa música nunca fez parte de seu setlist.