Woody Allen contraria especulações, começa novo filme e adota idioma inédito

O cineasta norte-americano Woody Allen começou a rodar seu 50º longa-metragem em Paris, na segunda-feira (3), o primeiro a ser rodado integralmente em francês. O filme tem no elenco a jovem estrela promissora do cinema francês, Lou de Laâge, e ainda Melvil Poupaud, a veterana e premiada Valérie Lemercier, e Niels Schneider nos papéis principais.

“Wasp22 é “uma comédia obscura no espírito de Match Point”, disse o cineasta de 86 anos em uma declaração oficial.

Allen é dono de 4 Oscar, incluindo melhor direção e roteiro por Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977) e melhor roteiro por Hannah e Suas Irmãs (1986) e Meia-Noite em Paris (2011). Seu longa mais recente foi O Festival do Amor, lançado no ano passado.

Após o jornal espanhol La Vanguardia noticiar a aposentadoria de Woody Allen, o cineasta de 86 anos soltou uma declaração informando erro na divulgação. A declaração sobre aposentadoria refere-se ao cinema, pois segundo Allen, após semanas de exibição em uma sala de cinema, o filme vai para o streaming ou pay per view. “Minha ideia, em princípio, é não fazer mais cinema, me concentrar na escrita. Estou com alguns contos e, bom, estou começando a pensar em uma novela”, comentou Allen.

Afastamento dos EUA após acusações

Em anos mais recentes, Allen tem concentrado sua produção inteiramente na Europa, após perder apoio nos EUA devido à reiteração da acusação de abuso levantada contra ele pela ex-enteada Dylan Farrow. Dylan o acusou de agredi-la sexualmente quando criança. Allen nega estas acusações, cujas investigações foram encerradas.

Allen nunca foi formalmente condenado pelas acusações, embora um juiz tenha negado o seu processo para conseguir a guarda de Dylan e caracterizado o comportamento dele com a enteada como “nojentamente inapropriado”.

Em 2013, Dylan voltou a falar publicamente de sua acusação, e em 2021 a HBO explorou o caso na docussérie Allen v. Farrow. Desde então, o cineasta precisou procurar financiamento alternativo para seus longas, que também encontraram dificuldade para serem lançados nos EUA.

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