O comediante escocês Richard Gadd (“Code 404”) estrelou e criou a nova série da Netflix, “Bebê Rena“. A produção é inspirada em uma experiência real de Gadd e seu personagem é basicamente uma versão fictícia dele mesmo. A série tem sido um sucesso no streaming e foi a série em inglês mais vista do streaming na última semana, com mais de 13 milhões de visualizações.
“Baseada na premiada peça solo, sucesso do festival Edinburgh Fringe, “Bebê Rena” acompanha a relação conturbada entre o comediante Donny Dunn (Richard Gadd) e sua stalker, revelando o impacto deste envolvimento na vida dele, que é obrigado a confrontar um trauma do passado”, explica a sinopse divulgada pela Netflix.
Além de Gadd no papel principal, a série conta com Jessica Gunning (“Os Crimes de Fortitude”), Nava Mau (“Generation”), Danny Kirrane (“Sandman”), Hugh Coles (“Atlanta”) e Michael Wildman (“Emmerdale Farm”).
A história real por trás de “Bebê Rena”
Assim como seu personagem na série, Gadd foi “stalkeado” por uma mulher que aparece na produção da Netflix sob o pseudônimo “Martha”. Na vida real, essa mulher realmente perseguiu o comediante, tanto em clubes de comédia onde ele se apresentava, no seu trabalho e até na sua casa. Ela até perseguiu os pais e uma ex-namorada de Gadd.
Ao longo de quatro anos de meio, ela mandou mais de 40 mil emails, 350 horas de mensagens de voz, mais de 700 tweets, 46 mensagens no Facebook e 106 páginas de cartas. A stalker também enviou presentes estranhos, como uma rena de brinquedo – daí vem o nome da série -, remédios para dormir e cuecas.
O comediante acabou procurando a polícia, mas não adiantou nada. Em uma entrevista de 2019 para o The Guardian, Gadd comentou que passou por duas investigações policiais na vida e que ambas foram “terríveis e hilárias”, e que seu conselho honesto para quem pensa em prestar queixas é que o processo é um “pesadelo”.
Richard Gadd afirmou em entrevistas que a situação envolvendo a stalker está “resolvida”, mas que ela não foi presa. “Bebê Rena” não é um relato fiel do que aconteceu, mas, nas palavras do comediante, é fiel à “verdade emocional” do que ele passou.
Fonte: Forbes.
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