O Lobo Atrás da Porta é uma história real? A verdade sobre o filme brasileiro

Um dos filmes nacionais mais elogiados da última década, “O Lobo Atrás da Porta” (2013), estrelando Leandra Leal (“Cheias de Charme”), está disponível no Star+, na Claro TV+ e na Pluto TV, serviço de streaming e TV online gratuito.

“Numa delegacia, um homem (Milhem Cortaz), sua mulher (Fabíula Nascimento) e a amante dele (Leandra Leal) são interrogados. Arrancados pacientemente pelo detetive (Juliano Cazarré), um após o outro, seus depoimentos vão tecendo uma trama de amor passional, obsessão e mentiras que levará a um final completamente inesperado” (sinopse da Imagem Filmes).

Escrito e dirigido por Fernando Coimbra (“Narcos”) em seu primeiro longa como diretor, o filme também conta com Milhem Cortaz (“Tropa de Elite”), Fabíula Nascimento (“Estômago”), Juliano Cazarré (“Boi Neon”) e Thalita Carauta (“Todas as Flores”).

Muito elogiado pela crítica, “O Lobo Atrás da Porta” venceu sete troféus no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2015:

  • Melhor Filme
  • Melhor Direção
  • Melhor Atriz – Leandra Leal
  • Melhor Atriz Coadjuvante – Thalita Carauta
  • Melhor Fotografia
  • Melhor Roteiro
  • Melhor Edição

“O Lobo Atrás da Porta” é inspirado em uma história real?

ATENÇÃO: falando do caso que inspirou o filme, vamos revelar o final, então cuidado com spoilers se você ainda viu o longa.

Apesar de não se propor a ser um relato fiel do caso, “O Lobo Atrás da Porta” se inspirou no caso real que ficou conhecido como “Fera da Penha”, um crime que chocou o Brasil nos anos 60.

No final de 1959, Neyde Maria Maia Lopes, que morava no Rio de Janeiro, conheceu Antônio Couto Araújo. Ele era casado e pai de duas meninas, mas eles começaram um relacionamento. Antônio prometia largar a família para ficar com a amante, mas desistiu da ideia. Inconformada com o fim do romance, Neyde se aproximou da família de Antônio, inclusive da sua esposa Nilza, e conheceu os hábitos da casa.

No dia 30 de junho de 1960, ela passou na escola da filha mais nova de Antônio, Tânia, de apenas quatro anos, e a sequestrou usando o nome Odete. Depois de passar o dia com a criança, Neyde a levou para uma matadouro e deu um tiro na nuca de Tânia, que morreu na hora. Neyde queimou o corpo e fugiu da cena do crime.

Durante as investigações pela morte da menina, o pai confessou o caso que tinha e a amante se tornou a principal suspeita. Depois de investigações e um escrutínio intenso da imprensa, que apelidaram Neyde de “Fera da Penha”, ela acabou confessando o crime. Em 1963, ela foi condenada a 33 anos de prisão. Ela foi liberada por bom comportamento depois de cumprir 15 anos, em 1975, e vive isolada no Rio de Janeiro de forma bem discreta, com raras aparições públicas.

Fonte: Aventuras na História – UOL.

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