Há algum tempo, o nome da escritora J.K. Rowling, criadora da franquia Harry Potter, se tornou sinônimo de polêmicas desde que ela começou a manifestar suas opiniões controversas sobre pessoas trans. Através de suas redes sociais, a autora de 58 anos apresenta uma ideologia totalmente trans-excludente.
Em plataformas como o X (antigo Twitter), Rowling constantemente faz postagens transfóbicas, desconsiderando principalmente a existência de mulheres trans, uma vez que para ela, “são homens que procuram apagar a feminilidade”.
Mas, na última segunda-feira (1), a Escócia, que é o atual país onde a escritora mora, implementou uma nova lei contra crimes de ódio. Esta lei tornou crime “incitar o ódio” com base na idade, deficiência, religião, orientação sexual, identidade transgênero ou ser intersexo.
Mesmo assim, Rowling fez uma publicação problemática no X, debochando de uma série de mulheres trans e da nova lei. Com isso, muitos acreditavam que finalmente, a escritora poderia enfrentar problemas com a justiça, considerando que agora há uma lei para reprimir crimes de ódio.
Entretanto, infelizmente a polícia da Escócia afirmou que “nenhuma ação seria tomada” contra Rowling, pois como seu discurso não utiliza de “linguagem ofensiva ou chocante”, ele não foi considerado criminoso, isentando a escritora de qualquer ônus.
Primeiro-ministro britânico defende J.K. Rowling
Além de não sofrer nenhuma represália do governo escocês, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, ainda manifestou seu apoio à J.K. Rowling. Segundo ele, as pessoas não deveriam ser criminalizadas por dizerem coisas de “senso comum” sobre sexo biológico.
Já o primeiro-ministro da Escócia, Humza Yousaf, comentou que a lei serve “proteger pessoas de uma onda crescente de ódio”, mas reforçou que só serão reprimidos comportamentos que sejam considerados ameaçadores ou abusivos, com a intenção de incitar o ódio.
India Willoughby, a primeira âncora transgênero do Reino Unido e uma das pessoas listadas por Rowling, que inclusive já chegou a denunciá-la anteriormente, considerou a publicação da escritora como “completamente enlouquecida”.