Com quase 100 anos da história, é claro que o Oscar já mudou muito desde sua primeira edição, lá em 1929. A cerimônia adicionou e tirou categorias, membros entraram e saíram da Academia, entre muitas outras mudanças. Porém, uma das alterações mais importantes do prêmio teve que ser feita após um ator vencer o prêmio três vezes em apenas cinco anos.
Walter Brennan não é um nome tão lembrado atualmente, mas, na época da “Velha Hollywood”, ele se tornou um ator muito querido graças aos seus papéis em filmes de faroeste, um dos gêneros mais populares no período. E foi com o gênero de faroeste que ele levou seus três Oscars de Melhor Ator Coadjuvante para casa, pelos filmes “Meu Filho é Meu Rival” (1936), “Romance do Sul” (1938) e “O Galante Aventureiro” (1940). Ele ainda foi indicado uma quarta vez por “Sargento York” (1941).
Com isso, o ator entrou em um grupo bem seleto de vencedores triplos do Oscar, ao lado de Daniel Day-Lewis (“Sangue Negro”), Jack Nicholson (“Um Estranho no Ninho”), Ingrid Bergman (“À Meia Luz”), Frances McDormand (“Três Anúncios para um Crime”), Meryl Streep (“A Escolha de Sofia”) e Katherine Hepburn (“Num Lago Dourado”) que venceu quatro vezes.
Mas então, por que ele não se tornou um ator clássico de faroeste, tão lembrado quanto nomes como John Wayne (“Rastros de Ódio”) e Henry Fonda (“Era uma Vez no Oeste”)?
Por que a vitória de Brennan fez o Oscar mudar suas regras?
A resposta é bem curiosa. Apesar de com certeza ter tido boas performances, o principal motivo que ajudou Brennan a venceu seus três Oscars foi a sua popularidade com os figurantes, os “extras”, que podiam votar na premiação entre 1936 e 1940. Inclusive, o ator começou sua carreira em Hollywood como figurante.
Por causa das três vitórias de Brennan, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas decidiu não permitir mais que os figurantes votassem. No ano seguinte à decisão, o ator perdeu o Oscar pela primeira vez quando foi indicado por “Sargento York”.
Fonte: ScreenRant e Collider.
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