Uma novidade recente do catálogo da Netflix é o filme “A Favorita” (2018), que foi indicado a dez Oscars, rendendo um prêmio de Melhor Atriz para a britânica Olivia Colman. O tom cômico e o estilo de direção excêntrico do grego Yorgos Lanthimos podem não fazer parecer à primeira vista, mas “A Favorita” é sim inspirado em fatos, apesar de estar longe de ser um drama histórico enfadonho.
A trama se passa na Inglaterra do século 18, governada pela Rainha Anne (Olivia Colman), uma mulher doente, vaidosa e ingênua, que é extremamente influenciada por Sarah (Rachel Weisz), a Duquesa de Marlborough. Porém, o posto de Sarah é ameaçado pela chegada de Abigail (Emma Stone), que se torna a nova queridinha da rainha, iniciando uma guerra fria de manipulação e intriga entre as duas.
O elenco também conta com Nicholas Hoult (“Mad Max: Estrada da Fúria”), Emma Delves (“Seclusion”), Faye Daveney (“Broken”), James Smith (“A Dama de Ferro”) e Mark Gatiss (“Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte Um”).
A história real de “A Favorita”
O trio de protagonistas, Rainha Anne, Sarah Churchill e Abigail Masham, e vários outros personagens do filme realmente existiram.
Anne Stuart se tornou rainha em 1702, após a morte do rei William III. Ela não era a filha dele, e sim do rei James II, que tinha sido retirado do trono em 1688, durante a Revolução Gloriosa. Assim como retratado no filme, ela sofreu com problemas de saúde e sentia muita dor por causa da gota. Por causa do seu sedentarismo, ela ganhou muito peso e tinha que ser carregada pelo palácio em uma cadeira de rodas ou em uma liteira.
Ela ficou grávida 17 vezes, e em 12 delas sofreu um aborto espontâneo ou teve um bebê natimorto. Dos seus cinco filhos que sobreviveram ao nascimento, o que viveu mais tempo foi o Príncipe William, que morreu com apenas 11 anos em 1700.
Lady Sarah, outra personagem que existiu, realmente era a dama mais importante da corte da rainha, e tinha uma grande influência sobre ela, controlando as finanças e o círculo de amizades de Anne. Sarah e a rainha passaram a se afastar por causa de posições políticas opostas e a rainha passou a dar preferência para sua nova criada: Abigail Hill.
No filme, temos um triângulo amoroso entre as três protagonistas. Apesar de terem existido rumores de relações sexuais entre a rainha e suas “favoritas” na época, a maioria dos biógrafos da rainha Anne acredita que é pouco provável que ela realmente tenha tido amantes.
Fonte: History vs. Hollywood.
Continue acompanhando o Música e Cinema para ficar por dentro do mundo do entretenimento.
