13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi – Crítica

Falar sobre o filme “13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi” é sobretudo falar do diretor Michael Bay, que é a principal estrela da produção. Com um elenco desconhecido do grande público e uma história típica do exército norte-americano, coube ao diretor o protagonismo da condução.

Muito conhecido por estar comandando os filmes da franquia Transformers, Bay também já realizou trabalhos do gênero, que servem muito para a analise deste filme. Em produções como Armageddon e Pearl Harbor, o diretor se perdeu em alguns pontos, tentando consertar “13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi”.

A história do filme é baseada em um conflito, até recentemente secreto, de seis soldados, que atuavam como “freelancers” para a CIA na Líbia, tentando estabilizar a situação após a morte do ditador Muammar Gaddafi.

A missão, que durou 13 horas, foi de proteger uma base americana, que sofreu ataque após uma série de tentativas dos militantes islâmicos, que já haviam matado importantes diplomatas em posto diplomático.

13 horas

Talvez a falta de profundidade nos relacionamentos dos personagens tenha relação com o tema e o elenco, sendo que a história é estritamente focada no conflito e com um elenco ainda não afirmado, não pode-se arriscar muito. No entanto, neste cenário, o diretor não deveria ter fechado a edição com quase 2 horas e 30 minutos, pois num filme deste tamanho, o público necessita de envolvimento com os protagonistas, algo que praticamente não ocorre.

Mesmo com estes problemas, a produção ainda consegue cativar com as belas cenas de ação, algo que não se pode reclamar, pois Michael Bay cada vez mais se mostra um grande produtor de sequências de ação.

Preconceito com obras que exaltam o exército dos Estados Unidos?

Sim, este é um tema interessante para ser abordado. No Brasil, muitos críticos tem optado por uma visão curiosa de filmes que tenham o exército (ou outras divisões) dos Estados Unidos. Não vejo nenhum problema em histórias de guerra estarem sendo adaptadas para o cinema, mesmo pelo fato de que tomem caminhos heroicos nas versões cinematográficas.

Os produtores norte-americanos estão corretos em valorizar suas forças armadas, o que deveria ser posto em pauta realmente é a falta deste tipo de filme no Brasil e em muitos outros países. Quantos filmes dos pracinhas vocês já viram nos cinemas? Pois é, seria muito mais útil protestar por isso do que pelo patriotismo (se é que ele existe de maneira exaltada) em produções como “13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi”, que são filmes que muitas vezes trazem até mesmo auto-críticas.

Se você adora ver belas cenas de ação e adrenalina, é uma boa pedida. Se espera uma trama entrelaçada e com muito envolvimento entre os personagens, talvez não seja a escolha adequada.

13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi (13 Hours : The Secret Soldiers of Benghazi)
PARAMOUNT PICTURES
Direção: Michael Bay
Elenco: John Krasinski, James Badge Dale, Max Martini, Plabo Schreiber, David Denman, Dominic Fumusa, Toby Stephens, Alexia Barlier
Orçamento: $ 50 milhões

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