A nova produção italiana da Netflix, “O Monstro de Florença”, alcançou o Top 1 no Brasil e tem sido um sucesso entre os fãs de true crime por seu enredo tenso e realista.
Baseada em fatos verídicos, a minissérie de quatro episódios revive a investigação do serial killer que aterrorizou os arredores de Florença entre 1968 e 1985, responsável pela morte brutal de oito casais.
“O Monstro de Florença” revive o caso mais perturbador da história criminal italiana
O apelido “Monstro de Florença” foi criado pelo jornalista Mario Spezi, do jornal La Nazione, e marcou o início de um dos casos criminais mais longos e misteriosos da Itália.
O assassino atacava casais em encontros amorosos, geralmente em noites sem lua, usando sempre a mesma pistola Beretta calibre .22 — uma arma com defeito que deixava uma marca única nas cápsulas disparadas. Até hoje, o criminoso jamais foi identificado.
Dirigida por Stefano Sollima (Suburra, Sicário 2), a série mistura drama policial e suspense psicológico. Em vez de focar na fase final do caso, como muitas produções anteriores, a trama retorna às origens, explorando a chamada “pista sarda” — uma teoria que liga os assassinatos à família Mele e aos irmãos Vinci, imigrantes da Sardenha que viviam na Toscana.
A narrativa começa em 1982, quando a promotora Silvia Della Monica reabre o caso após perceber que a mesma arma usada em crimes recentes havia sido empregada em um homicídio de 1968.
A partir daí, a série costura diferentes pontos de vista, revelando um cenário de machismo, violência doméstica e segredos familiares que vão além do próprio assassino.
Mais do que buscar respostas, “O Monstro de Florença” questiona a obsessão pela verdade em um país ainda marcado pelo medo. Um thriller sombrio, denso e impossível de largar.









