Lançado em 2007, o filme “Sangue Negro” chegou aos cinemas trazendo um drama comovente que foi aclamado pela crítica especializada. Dirigido por Paul Thomas Anderson, o enredo foi baseado no romance “Oil!”, de Upton Sinclair e estrelado por Daniel Day-Lewis, no qual lhe rendeu o Oscar em 2008 de Melhor Ator. Além deste prêmio, a produção também venceu na categoria de Melhor Fotografia.
A trama é ambientada na virada do século 19 para o século 20, na fronteira da Califórnia, onde acompanhamos a história de Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis), um mineiro de minas de prata falido, que divide seu tempo com a tarefa de ser pai solteiro. Certo dia, ele descobre a existência de uma pequena cidade que está transbordando petróleo do solo e enxerga uma oportunidade de conseguir dinheiro através disso.
Com o filho, H.W. (Dillon Freasier), eles partem para a cidade de Little Boston, sendo que a única diversão do local é a igreja do carismático pastor Eli Sunday (Paul Dano). Mas, essa tarefa não será fácil e Daniel, junto com H.W., terão que arriscar suas vidas para encontrar um poço de petróleo, na esperança de fazer riqueza com ele.
Infelizmente, os assinantes da Netflix terão somente até sexta-feira (15), para assistir o filme na plataforma de streaming.
Mais informações de “Sangue Negro”
Uma curiosidade sobre a produção, é que a trilha sonora foi composta por Jonny Greenwood, da banda Radiohead. Já a fotografia, um dos grandes destaques do filme, foi comandada por Robert Elswit, que trabalhou com Paul Thomas Anderson em “Magnolia”, “Boogie Nights – Prazer Sem Limites” e “Embriagado de Amor”.
Além de dirigir o filme, Paul Thomas Anderson também foi responsável por escrever o enredo. Grande apreciador das obras de Upton Sinclair, Anderson se aprofundou em suas histórias, fazendo viagens e visitando museus dedicados aos primeiros petroleiros em Bakersfield. Inicialmente, o filme se chamaria “Petróleo!”, mas foi alterado para “Sangue Negro”, pois ele somente se baseou no livro e não achou que faria sentido colocar o mesmo nome da obra literária, já que não era uma adaptação:
“Lembro-me da forma que minha mesa ficou, com tantos pedaços diferentes de papel e livros sobre a indústria do petróleo no início do século XX, misturado com pedaços de outros scripts que eu tinha escrito. Tudo estava vindo de tantas fontes diferentes, mas o livro foi um grande trampolim. Era tão coeso, o jeito que Upton Sinclair escreveu sobre esse período e suas experiências em torno dos campos de petróleo e destes petroleiros independentes”, disse enquanto escrevia o roteiro.
“Dito isto, o livro foi tão longo que apenas as primeiras 100 páginas que acabamos usando, porque há um certo ponto em que ele se desvia muito do que a história original é. Nós realmente fomos infiéis ao livro. Isso não quer dizer que eu realmente não gosto do livro; Eu adoro. Mas havia tantas outras coisas que flutuavam ao redor. E em um certo ponto, eu me tornei consciente das coisas que ele estava se baseando. O que ele estava escrevendo era sobre a vida dos barões do petróleo Edward Doheny e Harry Sinclair. Por isso, foi como ter o livro como um bom colaborador.”