Lançado em 2010, Incontrolável acabou ficando ofuscado pela enxurrada de grandes produções daquele ano. Enquanto A Origem dominava debates e longas como RED faziam sucesso pelo puro entretenimento, o thriller ferroviário estrelado por Denzel Washington, Chris Pine e Rosario Dawson passou quase despercebido pelo público geral.
O longa arrecadou US$ 167 milhões mundialmente, número modesto considerando o orçamento de US$ 100 milhões. Ainda assim, conquistou elogios da crítica, garantindo 87% no Rotten Tomatoes e destaque por suas sequências de ação intensas.
Por que Incontrolável nunca ganhou continuação?
Mesmo com elenco carismático, tensão constante e uma indicação ao Oscar de Melhor Edição de Som, o filme nunca avançou para um segundo capítulo — e há motivos claros para isso.
Diferente de outros blockbusters do gênero, Incontrolável não nasceu de um roteiro original pensado para desenvolver uma franquia: ele foi inspirado em um caso real ocorrido em 2001, quando uma locomotiva da CSX, carregando substâncias tóxicas, saiu sozinha dos trilhos em Ohio após um erro humano.
O filme, claro, exagera vários elementos — velocidade, repercussão nacional, perigo imediato — mas mantém a essência da situação. Por isso, criar uma continuação orgânica seria quase impossível. Repetir o incidente soaria forçado, e transformar a trama em uma franquia com “novos trens desgovernados” não parecia fazer sentido narrativo.
Além disso, há um fator definitivo: a morte de Tony Scott, diretor do filme. O cineasta, responsável por clássicos como Top Gun e Chamas da Vingança, morreu em 2012. Incontrolável foi sua última obra. Após sua morte, a equipe criativa e os estúdios optaram por não continuar um projeto tão marcado pela visão do diretor.
Assim, mesmo que o filme siga ganhando novos fãs com o tempo, Incontrolável permanece como uma história única — direta, explosiva e fechada em si mesma. Uma sequência, ao que tudo indica, não vai acontecer.









