Durante a década de 60, o rock britânico invadiu todos os países do mundo. Os Rolling Stones conquistavam os palcos com a presença de Mick Jagger, os Beatles explodiam cada vez mais com o lançamento de cada disco, mas quando o assunto ser pesado, ninguém tirava o título do The Who.
Liderados por Roger Daltrey, Pete Townsend e Keith Moon, a banda constantemente destruía instrumentos no palco e, em 1967, lançou o single I Can See for Miles, eleito pela crítica como a música mais pesada da época.
Foi justamente lendo uma dessas matérias que Paul McCartney teve a ideia para uma das músicas mais emblemáticas dos Beatles. O baixista revelou a inspiração apenas em 1985 e detalhou a composição desta música em uma entrevista à Far Out Magazine, anos depois.
“Eu li uma crítica de uma música que dizia: ‘Esse grupo realmente nos fez enlouquecer, tem eco em tudo, e eles se acabavam de gritar’. Eu lembro de ter pensado ‘Oh, teria sido ótimo ter feito isso! Pena que eles já fizeram… Teria sido ótimo fazer uma música aos berros.'”
“Aí então eu ouvi a música, e ela era bem direta, e era bem sofisticada. Ela não era agressiva, e não tinha nada de gritos ou eco. Então eu pensei ‘Bom, então vamos fazer uma assim’. E essa música se chama Helter Skelter, que é apenas uma música ridícula, mas fizemos porque curti o barulho”, revelou McCartney.
The Who prepara nova turnê mundial
O The Who fará seu retorno à Europa depois de sete anos. Os shows de The Who Hits Back, turnê mundial da banda, estiveram pelos palcos da América do Norte, recebendo diversos elogios pelas performances dos clássicos Pete Townshend e Roger Daltrey, com arranjos do compositor e maestro David Campbell.
Em seus shows, o The Who dividiu o palco com algumas das melhores orquestras da América do Norte e encerrou o ciclo em novembro de 2022, tendo impressionado o público com a performance de palco tanto dos veteranos quanto da orquestra.
De acordo com Daltrey, a adição das orquestras tornou os shows uma experiência incrível. “O que isso faz com você fisicamente, ouvir violinos reais, violoncelos reais e toda a parte da orquestra em vez de sintetizadores… Porque estamos tão acostumados com sintetizadores hoje. É como um equivalente ao vivo de um disco de vinil em comparação ao CD. CDs são horríveis! É apenas quando você ouve um vinil que percebe como CDs são ruins”, revelou Daltrey.