Durante a década de 60, a Volkswagen era uma amplamente difundida no Brasil com seu principal modelo, o Fusca. Ao mesmo tempo, as produções cinematográficas viviam o seu auge e assim surgiu no cinema nacional o Zé do Caixão, personagem de José Mojica Marins.
No entanto, em 1967, esses dois mundos colidiram com o lançamento do VW-1600, considerado um avanço em relação ao compacto fusca. Enquanto a Ford lançava o Corcel e o Opala chegava ao mercado nacional, a Volkswagen decidiu colocar um novo modelo no mercado.
O VW-1600 rapidamente foi apelidado de “Fusca Quatro Portas”, tendo mais espaço e melhores bancos, ainda que mantendo a qualidade e confiabilidade da mecânica alemã. Porém, seu design reto e com quatro maçanetas fez com que outro apelido pegasse: “Fusca Zé do Caixão”, fazendo referência à sua similaridade com um ataúde e ao personagem de Marins.
No entanto, a Volkswagen não teve nada a ver com essa denominação, assim como o próprio cineasta também não teve responsabilidade.
Zé do Caixão: relembre a história do personagem
Ícone do terror, Zé do Caixão fez do Brasil uma referência no gênero. Conhecido internacionalmente como Coffin Joe, o personagem começou sua saga fúnebre em 1964, com À Meia-Noite Levarei Sua Alma. Desde então, sua figura ficou tão famosa que Zé do Caixão deixou de ser apenas um personagem, tornando-se sinônimo de seu criador, José Mojica Marins.
O longa conta a história de um coveiro que não é bem visto em sua cidade. Quando chega a época de festividades da Sexta-Feira Santa, o personagem chega até mesmo a disparar: “Hoje eu como carne, nem que seja de gente!”