O bilionário e proprietário da plataforma X (antigo Twitter) Elon Musk não economizou ofensas durante uma conferência do New York Times Dealbook ao se queixar de empresas que suspenderam publicidade na rede social por causa de postagem classificada como antissemita.
Para Musk, a decisão tomada pelos anunciantes foi letal e pode acabar matando a empresa. Entre estes anunciantes, está a Walt Disney Studios de Bob Iger, a quem Musk direcionou diretamente um insulto. O empresário não poupou palavras, deixando o apresentador atônito. Assista ao momento abaixo:
“Não anunciem. […] Se alguém tentar me chantagear com anúncios, me chantagear com dinheiro… vá se f**er. Vá. Se. F**er. Ficou claro? Eu espero que sim. Olá Bob, se estiver na platéia”, diz Musk no vídeo.
O bilionário da Tesla explicou que se sente chantageado pelos anunciantes, mas enfatizou que não sacrificaria suas políticas de liberdade de expressão por ganhos monetários, independente do que isso represente para sua arrecadação.
Antes do ataque de Musk, Iger comentou sobre a situação da publicação do empresário, alegando que a posição de Musk não está de acordo com os ideais da Disney, portanto, ele acreditava que a associação não seria viável para a marca.
“Sabemos que Elon é maior que a vida em muitos aspectos, e que seu nome está muito ligado às empresas que ele fundou ou possui. Ao assumir a posição que ele assumiu publicamente, sentimos que a associação não era necessariamente positiva para nós”, comentou o CEO da Disney.
Entenda a polêmica antissemita de Elon Musk
No início de novembro, o bilionário expressou sua concordância com um post em sua rede social em que afirmava que os judeus tinham um “ódio dialético” às pessoas brancas. Com isso, Elon Musk foi criticado por entidades como a Casa Branca e investidores da Tesla.
Posteriormente, isso também ocasionou na debandada dos anunciantes no X. Musk chegou a pedir desculpas e, no evento em que atacou as empresas, admitiu que foi um erro. “Era o pior e mais idiota que já fiz”.
Musk visitou áreas de Israel afetadas pelos atentados de 7 de outubro, na companhia do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu. Entretanto, ele esclareceu que se tratava de uma viagem já planejada antes mesmo da crise gerada pela publicação.