No dia 26 de março de 2012, o ponto mais profundo já medido nos oceanos, localizado a mais de 11 mil metros abaixo do nível do mar, a Fossa das Marianas, foi desbravada graças ao submarino Deepsea Challenger, pilotado pelo cineasta James Cameron, criador de filmes como Titanic e a franquia Avatar.
Em parceria com o canal de televisão National Geographic, o cineasta comandou a primeira exploração científica extensa em um submersível tripulado do ponto mais profundo da Terra. As intenções eram de coletar amostras e documentar a experiência em 3D de alta resolução para promover a compreensão mundial da vasta gama de fenômenos biológicos e geológicos do oceano.
A expedição não só foi um sucesso, como ainda quebrou recordes, com o submarino Deepsea Challenger conseguindo ficar por diversas horas submerso, quebrando o recorde original de 20 minutos do submarino Trieste, cuja expedição à Fossa das Marianas aconteceu em 1960.
Apesar de ser uma experiência de tirar o fôlego, infelizmente, Deepsea Challenge não está disponível em nenhuma plataforma de streaming para ser reassistido, estando disponível apenas para compra e aluguel online, com valores a partir de R$ 24,90. De qualquer forma, o site oficial traz detalhes sobre a expedição.
Mais sobre Deepsea Challenge: como o submarino aguentou?
O submarino projetado para encarar o Deepsea Challenge apresentou um gigantesco avanço na tecnologia. Vale lembrar que um veículo com essa função precisa ser projetado para acomodar inúmeros desafios, incluindo mudanças dramáticas na pressão e temperatura e uma total ausência de luz solar.
Por isso, a equipe de engenharia responsável pelo projeto do submarino incorporou abordagens únicas à engenharia estrutural e inovou novas formas de geração de imagens por meio de uma câmera estereoscópica ultrapequena capaz de suportar a pressão em toda a profundidade do oceano.
Ron Allum, o engenheiro-chefe do projeto, possui, junto com seus companheiros de equipe, muitos anos de experiência em mergulho em cavernas, o que os levou a projetar os materiais que auxiliariam no sucesso do veículo.
Allum criou novos materiais para a construção da carcaça, incluindo uma espuma sintética estrutural especializada chamada Isofloat, capaz de suportar enormes forças de compressão a uma profundidade de 11 quilômetros. Além disso, a esfera onde fica o condutor foi testada duas vezes com uma enorme pressão, confirmando também sua resistência.
Assista ao trailer do projeto: