O nome de Elize Matsunaga voltou a circular com força nas redes após a estreia de Tremembé, série do Prime Video que dramatiza o cotidiano da penitenciária que ficou conhecida como “a prisão dos famosos”. Condenada em 2012 pelo assassinato de Marcos Kitano Matsunaga, herdeiro e executivo da Yoki, Elize já havia sido tema de outra produção que chamou atenção do público: o documentário Elize Matsunaga: Era Uma Vez Um Crime, lançado pela Netflix em 2021.
A série, que trouxe entrevistas exclusivas e o primeiro depoimento público da detenta, reacendeu uma dúvida que até hoje intriga parte dos espectadores: afinal, Elize Matsunaga recebeu dinheiro para participar da produção da Netflix?
Afinal, houve pagamento?
De acordo com Thaís Nunes, idealizadora do documentário, a resposta é simples: não. Em entrevista concedida à Folha de S.Paulo em 2021, ela foi categórica ao afirmar que Elize não recebeu qualquer valor pela participação. Segundo Nunes, o acesso à detenta só foi possível após 18 meses de negociações conduzidas pelo produtor Gustavo Melo — um processo que exigiu paciência e construção de confiança.
“A entrevista com Elize Matsunaga não foi paga”, afirmou Nunes. Ela destacou que o vínculo estabelecido entre a equipe e a detenta foi o que permitiu que o projeto avançasse.
A Netflix confirmou que foram registradas 21 horas de conversas com Elize, além de depoimentos de mais de 20 pessoas, incluindo familiares, amigos, jornalistas, advogados e especialistas criminais. Assim como Elize, nenhum dos entrevistados recebeu pagamento.
A ausência de remuneração foi, inclusive, um ponto essencial durante as tratativas. A defesa de Elize — representada pelos advogados Luciano Santoro e Juliana Fincatti — inicialmente era contra entrevistas por temer impactos negativos à ré, como já havia ocorrido em outros casos.
Thaís Nunes, que já havia coberto o crime como repórter, propôs uma abordagem que investigasse os sentimentos e tensões que antecederam o homicídio, sem minimizar sua gravidade.









