“Steve”, novo drama da Netflix estrelado por Cillian Murphy, já está chamando atenção dos cinéfilos e da crítica. Após vencer o Oscar por Oppenheimer, o ator irlandês volta às telas em um papel completamente diferente: o de um diretor escolar tentando alcançar jovens em situação de vulnerabilidade na Inglaterra dos anos 1990.
O filme, dirigido por Tim Mielants, foi aclamado no Festival de Toronto e chega à plataforma como uma reflexão sobre empatia, educação e pertencimento.
Um retrato humano sobre professores e alunos
A trama se passa em apenas 24 horas dentro de uma escola britânica para adolescentes considerados “problemáticos”. Nesse curto período, acompanhamos Steve (Murphy) e seus alunos tentando compreender a si mesmos e o mundo ao redor. A principal mensagem do filme se resume em uma frase dita pelo protagonista: “Você não está sozinho, Shy. Essa é toda a questão.”
Baseado no livro Shy, de Max Porter, o longa expande o universo do romance ao equilibrar as perspectivas de Steve e do jovem Shy (Jay Lycurgo). Segundo Murphy, que vem de uma família de professores, interpretar o educador foi um exercício de empatia: “Essas pessoas são mal pagas, subvalorizadas, mas fazem o melhor trabalho possível. É uma vocação, não apenas um emprego.”
O diretor Tim Mielants revelou que a obra também é pessoal. Inspirado por lembranças de seu pai, que enfrentou Alzheimer, e de um irmão falecido, ele encontrou no projeto um modo de explorar laços e perdas.
Com atuações intensas e sensibilidade rara, Steve é uma homenagem aos professores que moldam vidas e aos jovens que buscam um lugar no mundo. Um filme que, como define Murphy, “fala sobre o poder de se conectar — e de cuidar.”