Pequenas Cartas Obscenas é baseado em história real? A verdade por trás do filme

Nem só de “Deadpool & Wolverine” vivem as estreias da semana. Uma das novidades que entra em cartaz nos cinemas brasileiras nesta quinta (25) é a comédia britânica “Pequenas Cartas Obscenas”, estrelando a vencedora do Oscar Olivia Colman (“A Favorita”).

“Baseado em uma história real mais estranha do que a ficção, este mistério ferozmente engraçado segue duas vizinhos: a profundamente conservadora local Edith Swan (Olivia Colman) e a turbulenta migrante irlandesa Rose Gooding (Jessie Buckley). Quando Edith e outros residentes começam a receber cartas perversas cheias de palavrões involuntariamente hilários, a desbocada Rose é acusada do crime. As cartas anônimas provocam um alvoroço nacional e um julgamento se segue. No entanto, quando as mulheres da cidade – lideradas pela policial Gladys Moss (Anjana Vasan) – começam a investigar o crime, elas suspeitam que algo está errado, e Rose pode não ser a culpada, afinal” (sinopse da Sony Pictures).

Olivia Colman e Jessie Buckley, as protagonistas do filme, já tinham trabalhado juntas em “A Filha Perdida” (2021), pelo qual as duas foram indicadas ao Oscar. Dirigido por Thea Sharrock (“Como Eu Era Antes de Você”), o filme também conta com Anjana Vasan (“Killing Eve: Dupla Obsessão”), Alisha Weir (“Matilda”), Timothy Spall (franquia “Harry Potter”), entre outros.

A história real de “Pequenas Cartas Obscenas”

ATENÇÃO: cuidado com os “spoilers” do filme.

Em 1918, a imigrante irlandesa Rose Gooding foi morar na pequena cidade Littlehampton, na Inglaterra, onde fez uma amizade improvável com sua vizinha conservadora Edith Swan. Improvável porque Rose era mãe de uma filha fora do casamento, algo mal visto na época. Mas a amizade das duas azedou depois de uma briga por causa de um jardim. Pouco tempo depois, Edith acusou Rose de enviar uma série de cartas obscenas para os vizinhos.

Na verdade, era a própria Edith que tinha escrito as cartas, chegando até mesmo ao cúmulo de enviar uma carta para o noivo de Rose, que estava na guerra na época, fingindo ser Rose e dizendo que estava grávida de outro homem, o que fez ele cancelar o casamento. Ela ainda fez acusações criminais contra a vizinha por causa das cartas em 1920. Rose chegou a passar três meses atrás das barras e, depois que ela saiu da prisão, Edith voltou a escrever cartas se passando por ela.

O advogado de Rose tentou mostrar aos juízes que a letra das cartas era igual de receitas e instruções que Rose tinha ganhado de Edith, mas Rose ainda passou um ano presa cumprindo trabalhos forçados.

Mesmo com a “rival” na cadeia, Edith voltou a escrever obscenidades em um caderno e o enviou para a polícia, com uma cartaz dizendo que tinha encontrado o item perto da casa de Rose. Mas o tiro saiu pela culatra, com a polícia percebendo semelhanças entre a letra do caderno e a da carta de Edith. Assim, Rose finalmente foi libertada.

Edith chegou a ser julgada em 1921, mas o juiz não acreditou que ela fosse capaz de usar a linguagem vista nas cartas. Em 1923, a polícia armou um plano para conseguir provas mais concretas. Eles instruíram o correio a vender selos marcados com tinta invisível para Edith. Quando ela voltou a escrever suas “pequenas cartas obscenas”, eles conseguiram ligar as cartas a ela por causa da tinta invisível. Ela foi condenada no mesmo ano a 12 anos de prisão.

Fonte: RadioTimes.com.

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