Roger Waters pode causar prejuízo milionário ao Pink Floyd

O Pink Floyd está negociando a venda de seu catálogo musical, mas parece que não tem sido fácil fechar o negócio por conta das ideologias de Roger Waters. Bastante engajado em suas pautas, o músico vem representando uma grande trava para que o acordo pelas canções da banda seja concluído.

Segundo a Variety, além das questões financeiras, econômicas e fiscais que costumam influenciar esse tipo de negociação, as declarações de Waters sobre política atrapalham a venda das músicas. O veículo cita ainda a recente entrevista para a Rolling Stone, na qual Roger revelou que estaria em uma “lista de morte” da Ucrânia por causa de suas intervenções na guerra que o país trava contra a Rússia.

Discussão de valores e perda de investidores

A reportagem da Variety afirma que, apesar dos comentários do músico não anularem o interesse de potenciais compradores do catálogo do Pink Floyd, existem fontes garantindo que pelo menos um dos investidores deseja pular fora por causa do posicionamento político de Waters.

A questão é extremamente delicada porque pode, inclusive, acarretar na diminuição do valor do negócio. Esperava-se que ele ultrapassasse a marca dos US$500 milhões, mas agora o preço vem sendo discutido com gravadoras e grupos de investimentos como Sony Music, Warner, BMG, Primary Wave e Hipgnosis Songs Capital.

Vale lembrar que, de acordo com o site Music Business Worldwide, álbuns clássicos da banda como Dark Side o fthe Moon (1973), The Wall (1979) e The Division Bell (1994) estão associados a corporações gigantes, enquanto discos como Wish You Were Here (1975) pertencem ao Pink Floyd Music Ltd. sem nenhum parceiro musical, o que indica que o Pink Floyd detém mais controle sobre seu próprio catálogo do que outros artistas.

Waters, que é bastante conhecido por suas opiniões sobre política internacional e é comum ver seus comentários gerando controvérsias, recentemente teve apresentações canceladas na Polônia devido a comentários feitos sobre a Ucrânia, questionando o presidente Volodimir Zelenski sobre o envolvimento com nacionalistas extremistas.

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