Os 33: como está o líder dos sobreviventes hoje?

Em 2015, o ator Antonio Banderas foi um dos protagonistas o do filme “Os 33” e deu vida a Mário Sepúlveda, um personagem inspirado em fatos reais, que foi responsável por liderar o grupo quando uma mina desmoronou no Chile e deixou 33 mineradores presos há quase 700 metros abaixo do nível do mar. 

No filme, acompanhamos como o dia normal de trabalhadores de uma mineradora é transformado quando eles sofrem um grave acidente, após a mina  San José, localizada na cidade de  Copiapó, no Chile, desmoronar. Depois da terra descer e a única saída ficar bloqueada, os sobreviventes encontraram uma câmara que poderia ter um sistema de segurança, como um rádio de transmissão e kit médico. Mas, quando chegaram no local, nada funcionava. 

À beira do desespero, os homens começaram a entrar em conflito e foi Mário Sepúlveda quem percebeu que precisava liderar eles, controlando os mantimentos e seus psicológicos, enquanto aguardavam o resgate.  

Como está Mário Sepúlveda hoje em dia? 

Em 2010, o mundo acompanhou ao vivo o resgate dos 33 mineradores, que ficaram semanas debaixo da terra. O líder do grupo, Mário Sepúlveda, foi o último a ser retirado e ficou 69 dias no local, e ganhou reconhecimento internacional por suas ações durante o episódio. 

Durante uma entrevista ao jornal argentino La Nacion, Sepúlveda revelou que após o resgate, ele recebeu notoriedade até demais e fama cobrou esse preço, pois ele não estava preparado para o que viria pela frente. Depois dessa exposição, ele alegou que recebeu vários convites de trabalho bizarros, incluindo até uma participação em um filme erótico.

Além disso, ele também relatou que teve problemas de sono depois do acidente e precisou tomar remédios para conseguir ter uma noite tranquila de sono. Vale ressaltar que esse problema também afetou outros mineiros, por causa do trauma. 

Ao jornal, Mário Sepúlveda comentou que passou por dificuldades financeiras, pois não receberam a indenização que a justiça determinou para os mineiros e teve dificuldade para encontrar emprego devido à imagem que a mídia criou do líder dos 33 mineiros chilenos: “No meu caso, precisei me conter porque as empresas não me ofereciam emprego, pois a mídia me pintou como um homem conflituoso, um sindicalista”, disse.

Atualmente, ele se dedica a trabalhar com palestras motivacionais, encorajando trabalhadores e explicando a importância do espírito de equipe, além de exaltar a  importância de equipamentos de proteção e da segurança do trabalho.

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