Assassinato de brasileiro vai virar série no Disney+

O assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes pela polícia de Londres, caso que teve uma enorme repercussão internacional em 2005, será tema de uma nova série do Disney+. O nome da produção é Suspect: The Shooting of Jean Charles de Menezes (Suspeito: O Assassinato de Jean Charles de Menezes).

Jeff Pope, indicado ao Oscar pelo roteiro de Philomena (2013), desenvolveu o projeto e a direção da minissérie está a cargo de Paul Andrew Williams (Bull: Hora da Vingança).

A série começa a ser produzida este ano.

“Esta é uma série dramática extremamente importante para nós, refletindo nossa ambição de contar histórias autênticas e relevantes para o nosso público,” afirmou Liam Keelan, vice-presidente Sênior de Conteúdo Original para Europa e África da Disney.

(via Pipoca Moderna)

Relembre o caso de Jean Charles de Menezes

O brasileiro Jean Charles de Menezes foi morar em Londres em 2002 com um visto de estudante e continuou no país trabalhando como eletricista. No dia 22 de julho de 2005, ele foi seguido até a estação de metrô de Stockwell em Londres, imobilizado por agentes da Polícia Metropolitana de Londres e foi baleado sete vezes na cabeça e no ombro. Ele morreu no local aos 27 anos de idade (via G1).

Jean foi confundido pela polícia com Hussain Osman, que era suspeito de participar de um ataque fracassado no metrô de Londres no dia anterior. Duas semanas antes, havia ocorrido um atentado no mesmos moldes, que matou mais de 50 pessoas e feriu mais de 500 (via G1). Coincidentemente, o apartamento que Jean dividia com os primos era próximo ao do suspeito.

Assassinato de brasileiro vai virar série no Disney+
Foto: reprodução/The Conversation

Uma série de erros dos agentes da Scotland Yard contribuíram para que eles confundissem Jean com Hussain. Ninguém foi condenado individualmente pelo assassinato do brasileiro e a polícia da cidade foi multada em 175 mil libras por “violar as leis de saúde e segurança”.

A comandante da operação, Cressida Dick, até chegou ao posto mais alto da agência, como Comissária da Polícia Metropolitana de Londres, mas renunciou ao cargo em 2022 (via CNN).

Em 2016, a família da vítima apelou ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos na tentativa de responsabilizar o Estado britânico e os envolvidos na operação. Por 13 contra quatro, o tribunal decidiu acatar a conclusão da investigação britânica de que “não havia provas suficientes para uma chance realista de condenação de qualquer oficial por causa do tiroteio”.

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