Rubber – O Pneu Assassino: Salsher movie bem-humorado

O filme Rubber – O Pneu Assassino foi uma das grandes surpresas do diretor francês Quentin Dupieux, que em 2010 lançou esse filme que faz um paralelo entre humor, terror e cenários desérticos, pegando muito bem o clichê do deserto americano e introduzindo um vilão estilo slasher (gênero que marcou os anos 80) sem muito sentido aparente, mas com uma boa história embasando toda aquela aventura.

Pneu Assassino Rubber
Rubber, o grande vilão

O desenvolvimento do filme mostra uma clara libertação de clichês e alguns itens da cultura pop americana sendo desmistificados ou até mesmo afirmados, dependendo de cada momento. A trama ocorre em dois planos distintos, que no final tornam-se apenas um plano. Vale o crédito para Dupieux, que conseguiu alternar o protagonista da história em seu próprio desenrolar natural, algo que poucos diretores conseguem executar bem e que foi uma das grandes sacadas desta criação.

Rubber – O Pneu Assassino – 2010

Sinopse: Rubber é um pneu que subitamente desperta no deserto californiano, com muita raiva, ele logo começa a treinar seus poderes com pequenos objetos, onde descobre ter a capacidade de poderes telecinéticos, logo se dirige as pessoas, onde com uma sede de sangue mata uma a uma, entretanto uma garota desperta seu interesse e parece imune a esse sangrento desfecho.

 

Rubber - O Pneu Assassino
Cartaz do filme

O filme com certeza deveria ser feito por um estrangeiro, pois sendo francês, Quentin Dupieux consegue ter consciência dos erros de muitos filmes que utilizam demasiados clichês estadunidenses  e com isso elimina alguns e pega outros com tanta intensidade, que acaba atualizando os mesmos e tornando algo próprio.

O filme começa de uma maneira muito interessante e totalmente sem noção, que faz o telespectador perguntar o motivo daquilo tudo e logo ter uma resposta “por nenhuma razão”, que é justamente a explicação que o policial passa para as pessoas que estão se preparando para assistir o filme, com um binóculo do topo de um desfiladeiro.

Platéia Rubber
A grande “platéia”

A justificativa deste começo é no mínimo muito interessante e consegue até tornar a história mais convincente, no sentido de se afirmar como uma obra cinematográfica interessante e sim, inteligente. Confira a cena inicial um pouco mais abaixo.

Rubber – O Pneu Assassino ainda surpreende belo belo trabalho de efeitos especiais e atuações que conseguem ser bem consistentes e agradar dentro do contexto totalmente alternativo em que o filme se apresenta.

Ficha técnica: Rubber – O Pneu Assassino

Título: Rubber – O Pneu Assassino
Diretor: Quentin Dupieux
Roteiro: Quentin Dupieux
Elenco: Stephen Spinella, Roxane Mesquida, Wings Hauser, Jack Plotnick.
Ano: 2010
País: França

Trailer Rubber – O Pneu Assassino

Cena inicial Rubber – O Pneu Assassino

Confira com atenção esta cena inicial e combine-a com o trailer, que você conseguirá ter noção do que realmente é o filme.

Filmes sem noção ou outra percepção?

Um dúvida constante perante a estes lançamentos totalmente alternativos, seria de que ou esses filmes são totalmente sem noção ou eles acabam alterando nossa visão já pré-modulada do que é normal e do que não é normal. O cinema desde suas origens, sempre teve seu apelo maior na ficção, no extraordinário e no diferente, entretanto seus padrões hoje, carregam basicamente os esteriótipos hollywoodianos.

Quentin Dupieux
Quentin Dupieux: O criador de Rubber

O cinema diferente, alternativo, cult ou seja lá como for classificado, vem dos primórdios, onde podemos citar (sem nenhuma comparação com Rubber) o movimento do expressionismo alemão, que já mudava a nossa noção de normalidade e nos transportava para um ambiente paralelo.

Com Rubber é exatamente isso, só que em outro contexto, mais propriamente dito em outra linguagem de direção, essa é a maneira de Quentin Dupieux fazer cinema.

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